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Alguns integrantes do bloco "As Muquiranas" fizeram um ato contra assédio em frente à sede do grupo, no Centro de Salvador, neste domingo (26). Segundo o g1, a convocação aconteceu depois que uma mulher foi encurralada e agredida durante o desfile do bloco no Carnaval da capital baiana, na terça-feira (21).
O grupo, que já causa polêmicas há algum tempo, foi duramente criticado depois do ocorrido. A violência contra a foliona foi registrada em vídeo. Veja:
https://twitter.com/iBahia/status/1628422001542021120
Na última sexta-feira (24), dois deputados baianos enviaram Projetos de Lei (PL)à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) para que o uso das pistolas d'água seja banido no carnaval e outras festas populares da Bahia. Esse é um objeto tradicional do bloco durante os desfiles do trio.
Os projetos foram apresentados pela deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) e do deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos). Não há detalhes se há diferenças entre as duas propostas.
As defensorias públicas também se posicionaram diante a violência realizada por integrantes do "As Muquiranas". Através de ofício, a Defensoria Pública da União (DPU) e a Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA) pediram posicionamento e esclarecimentos por parte do bloco.
No documento, os órgãos destacaram que a Bahia ocupa o 4º lugar no ranking de casos de violência de gênero e que “episódios de importunação sexual, com ou sem o uso de artefatos de plástico, se repetem anualmente durante a agem do bloco, manifestando práticas machistas que não mais podem ser toleradas pela sociedade”.
Além disso, o Ministério Público da Bahia entrou com um pedido à Polícia Civil para investigar o grupo de foliões que realizou a agressão. O órgão instaurou ainda um procedimento próprio para apuração dos fatos.
Vale destacar que o bloco já havia assinado Termos de Ajuste de Conduta (TAC) em anos anterioes devido a comportamentos abusivos e assediadores dos foliões, em especial, com o uso de pistolas de água.
Por sua vez, o bloco "As Muquiranas" publicou uma nota de repúdio em que afirma ser contra qualquer tipo de violência, preconceito e assédio. Além disso, repudiou também qualquer tipo de atitude que evidencie essas práticas e prometeu providências quanto ao ataque da foliona.
Confira a carta na íntegra:
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