4z1c5m
Os professores da Uneb entraram em greve no dia 27 de setembro. O retorno das aulas está previsto para segunda-feira (21). Esse período é necessário para que os alunos possam se deslocar de suas cidades aos municípios em que estão localizados os 27 campis da UNEB.
Além disso, na primeira semana de aula não serão feitas avaliações e nem lista de presença. A decisão dos docentes da Uneb se deu após os professores e o Governo do Estado não entrarem em um acordo sobre a proposta de recomposição salarial. Entre os docentes das universidades estaduais, os professores da Uneb foram os únicos que recusaram a proposta do governo e aderiram à greve em setembro.
A proposta aprovada garante um acumulado em 13,83% em dois anos, sendo 6,79% em 2025 (4,7% em jan e 2% em jul) e 6,59% em 2026 (4,5 em jan e 2% em jul), respeitando a data-base de janeiro. O movimento grevista ressalta que tensionou ao máximo para a melhoria da proposta, com o aumento de mais 2%.
Porém, a proposta já tinha sido aceita pela categoria docente da UEFS, UESB e UESC. Assim, agindo pela unidade do Fórum das Associações Docentes, os professores da UNEB optaram por também pelo acordo, reafirmando que a mobilização pela recomposição salarial continuará como pauta do sindicato.
A resolução aprovada pelo Conselho Universitário prevê um auxílio semestral para garantia da itinerância dos docentes, que enfrentam as dificuldades e especificidades da multicampia. Embora o valor do auxílio deva ser reajustado anualmente, os professores afirmaram que a luta seguirá para a melhoria do programa, a exemplo do aumento do valor por quilômetro rodado, que precisa aumentar de 0,35 para 0,50 centavos.
Os representantes do Executivo se comprometeram em fazer a implementação das promoções represadas, com o esforço de que aconteçam todas no primeiro semestre de 2025. A partir do momento em que a fila for zerada, ocorrerá a implementação de uma nova metodologia de fluxo contínuo das promoções, podendo ser executada tendo como base a desvinculação classe / vaga. Atualmente, apenas na UNEB, 176 docentes esperam em uma fila para a implantação do direito, que é garantido no Estatuto do Magistério Superior.
A abertura de uma mesa permanente foi uma reivindicação feita por professores durante todo o Governo Rui Costa. Até então, os únicos momentos em que as representações do Palácio de Ondina aceitaram negociar foram durante as greves de 2015 e 2019.
A Procuradoria Geral do Estado e a Junta Médica farão a elaboração de um Projeto de Lei que poderá viabilizar o retorno dos adicionais de insalubridade suspensos e, ainda, a implantação dos novos processos, que estão na fila
Em nota, a Secretaria da Educação da Bahia afirma que as quatro universidades estaduais da Bahia (Uneb, Uefs, UESB e Uesc) aceitaram a proposta do Governo do Estado, que foi amplamente discutida com representantes da comunidade acadêmica, a partir de reuniões iniciadas no mês de abril, com as Associações dos Docentes (AD’s).
A Universidade Estadual da Bahia tem previsão de receber um ree total de R$ 958,6 milhões este ano. Os recursos são para a área de pessoal, ações e obras da Uneb. O valor representa um aumento de 38,4% em relação ao montante reado para a Universidade Estadual da Bahia, no ano ado (R$ 692,7 milhões).
Com relação à área de pessoal das universidades, os docentes tiveram, em 2023, ganhos que variaram entre 6,63% e 9,32%, a depender do cargo e do nível que ocupam nas suas carreiras. Este ano, os professores das universidades estaduais já receberam reajustes que perfazem 6,97% de aumento (4% de reajuste linear para todos os servidores públicos do estado, somado a um reajuste complementar para categoria de 2,82%).
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!