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O motorista havia saído de Minas Gerais e, durante a abordagem, apresentou uma nota fiscal que indicava um trajeto diferente do que estava sendo realizado. Além disso, ele não apresentou a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento obrigatório para o transporte de aves.
Diante das irregularidades, o caminhão foi apreendido e levado ao posto da PRF. Já os frangos foram encaminhados pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) para o abate em uma empresa especializada, localizada em São Gonçalo dos Campos.
Em resposta ao g1, a Adab informou que as aves estavam em boas condições sanitárias e, por isso, puderam ser destinadas a instituições de caridade no estado. Esse tipo de doação é possível quando os animais não apresentam doenças ou riscos à saúde.
Segundo José Ramos, diretor de inspeção sanitária da Adab, a carne é distribuída a entidades públicas como forma de evitar desperdício e contribuir com o abastecimento de alimentos para quem mais precisa.
"Em casos específicos, por não se ter a informação da origem dos animais, eles são destinados a um abate sanitário, onde serão atendidos os requisitos do bem-estar animal e esses produtos poderão ter dois destinos: caso haja um risco sanitário, haverá o abate e esses produtos serão incinerados e destinados ao descarte; mas, caso não seja encontrado nenhuma condição que seja sugestiva que possa correr risco ao consumo, poderá ser feita uma doação".
Foi o que aconteceu com grande parte das aves encontradas no caminhão. Os frangos que estavam mortos e/ou apresentaram irregularidades na inspeção sanitária foram incinerados e descartados.
Ainda segundo o diretor, as doações são feitas a instituições de assistência social em municípios ou no estado, considerando a logística da região onde os animais foram apreendidos e a quantidade de produtos disponíveis.
O diretor da Adab destaca que todo o processo — desde a apreensão até o abate — é acompanhado pelo órgão de defesa agropecuária. A Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que não foi apresentado pelo motorista apreendido com os mais de dois mil frangos, serve justamente para rastrear a carga, indicando a origem e o destino dos animais.
"Todo animal que é destinado ao abate precisa ser direcionado a um abatedouro registrado para um serviço em inspeção sanitária, seja municipal, estadual ou federal. Esses animais só podem entrar nos abatedouros com esse documento e um médico veterinário deve recebê-los e conferir os dados", esclarece José Ramos.
O profissional de Medicina Veterinária também é responsável por verificar a validade da GTA e as condições de saúde dos animais.
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