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A nova ordem da empresa é investir em pautas educativas, propositivas e possuam o tom mais leve. As afiliadas, antes responsáveis por alimentar os programas com matérias sensacionalistas, também vão precisar se adaptar a nova diretriz.
Desde janeiro deste ano, ao menos 21 comunicadores deixaram a emissora - entre demissões e pedidos de dispensa. O setor de jornalismo é o que mais tem sofrido com a linha editorial do canal. Vale lembrar que o setor esportivo também sofreu baixas. Alguns dos nomes mais fortes que saíram da emissora foram os de José Luiz Datena e Márcia Dantas.
Márcia Dantas foi demitida da empresa após completar nove anos. Ela emplacou apresentações de jornais como "Tá na Hora", "Primeiro Impacto" e "Chega Mais". No mesmo corte, outros 10 profissionais foram desligados. Suzana Busanello, que apresentava o "SBT News", deixou a emissora em março. Ela havia sido contratada em julho de 2024 após uma agem pela CNN.
A dupla de comunicadores, Rafael Batalha e Bruna Macedo, deixou o canal no mesmo dia, 19 de maio. Os dois jornalistas integraram projetos como "SBT News", "Tá na Hora", além do "Primeiro Impacto".
A jornalista recebeu proposta de outra emissora, enquanto Batalha foi colocado para fora da empresa fundada por Silvio Santos. Emerson Tchalian, que fazia parte dos mesmos telejornais diários, também não faz mais parte do quadro de funcionários da emissora.
Giselle Camargo, ex-apresentadora da Rede Massa, afiliada do SBT no Paraná, também não resistiu as mudanças. Além dela, Giselle Camargo, que atuava como chefe de redação do jornalismo no SBT em São Paulo, está fora do canal.
Os apresentadores do setor esportivo, Emerson Sheik e Cicinho, que integraram o "Arena SBT", já foram substituídos por outros dois profissionais após as demissões. José Luiz Datena, por sua vez, não ficou contente com a nova diretriz da empresa e pediu para sair da empresa. Ele ficou no canal por cinco meses.
Vale destacar que com a reformulação da empresa, existe uma expectativa de que mais desligamentos aconteçam nos próximos dias. Diversos jornalistas do setor não estão habituados a trabalhar com conteúdos leves, como animais de estimação, serviços e histórias inspiradoras.
Em um dos cortes da nova reformulação, a empresa acabou demitindo uma funcionária que lutava contra um câncer desde 2019 e precisou recontratar a profissional. A jornalista, de 48 anos, trabalhava na produção do "SBT Brasil" e já ou pelo "Primeiro Impacto".
Ela encara uma batalha contra um adenocarcinoma de pulmão, com metástase cerebral. O medicamento que controla a doença, chamado lorbrena, não está disponível no SUS e custa cerca de R$ 40 mil. Por causa do convênio da empresa, ela conseguiu tratamento no Hospital Sírio-Libanês.
A Justiça do Trabalho determinou que o SBT anulasse a demissão da jornalista em abril deste ano. A identidade da profissional foi preservada.
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