De todo modo, algumas disputas de Paris-2024 serão lembradas para sempre. Relembre algumas delas!
Curiosamente, a Argentina já estava brigando antes mesmo da abertura oficial dos Jogos Olímpicos, na primeira rodada do futebol masculino no jogo contra o Marrocos. A confusão ocorreu porque o árbitro indicou 15 minutos de acréscimos com o placar em 2 a 1 a favor dos marroquinos, mas no 16º minuto do tempo extra, o time sul-americano fez o gol que empataria o jogo. A torcida do país africano não se conformou e começou a lançar objetos no campo enquanto os jogadores argentinos começaram a procurar briga em campo por não conseguirem comemorar o empate. A partida foi suspensa, o público foi expulso do estádio e o gol foi anulado pelo VAR por impedimento. O jogo foi reiniciado após duas horas de interrupção com portões fechados e encerrada com a vitória do Marrocos depois de três minutos.
agora acabou
— Bruno Predolin (@pagalanxe) July 24, 2024
CHUPA ARGENTINA pic.twitter.com/MdmBidnF0M
agora acabou
— Bruno Predolin (@pagalanxe) July 24, 2024
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O judô, esporte em que geralmente não há qualquer comportamento antidesportivo, teve um dia atípico com muito bate-boca. Começou durante a semifinal do judô feminino até 48 kg, quando uma judoca sueca discutiu ferozmente com o árbitro. Pouco antes, um lutador se recusou a descer do tatame após perder a luta, ignorou o rival nos cumprimentos e chegou a fazer ameaças a um dos treinadores.
A equipe de futebol feminino da Nova Zelândia denunciou a visita de um drone controlado por integrantes da comissão técnica do Canadá para filmar o treino das adversárias dois dias antes do jogo entre os times. A seleção canadense foi penalizada com a perda de seis pontos e multada financeiramente. A comissão técnica e a treinadora do time acabaram suspensas por um ano do futebol mundial.
A discussão sobre o sexo da boxeadora algeriana Imane Khelif foi centro de uma polêmica que marcou Paris-2024. Tudo começou após a adversária italiana Angela Carini desistir da disputa por sentir dores no nariz e insinuar que a oponente não poderia disputar na categoria feminina no peso meio-médio, por ter sido classificada como transsexual ou intersexo pela Associação Internacional de Boxe (IBA). O Comitê Olímpico Internacional (COI) não aceitou os argumentos, pois já havia banido a IBA por falha em integridade e transparência na governança em 2023. A algeriana prosseguiu nas disputas e ainda conquistou a medalha de ouro.
A vitória de Julien Alfred nos 100 metros do atletismo feminino garantiu à pequena ilha caribenha de Santa Lúcia a conquista de sua primeira medalha de ouro na história dos Jogos Olímpicos.
A China conquistou a medalha de ouro no revezamento 4×100m medley masculino na natação e interrompeu a hegemonia dos Estados Unidos que perdurava desde Roma-1960. A única vez que os norte-americanos não conquistaram o ouro desde então havia sido em Moscou-1980, uma vez que não participaram dessa edição em razão do boicote contra a invasão da União Soviética no Afeganistão.
Competindo pela Argélia após ter sido rejeitada pela Federação sa de Ginástica, a ginasta Kaylia Nemour - de origem sa e argelina devido à nacionalidade de seus avós paternos - conquistou a primeira medalha do continente africano na ginástica artística pela final das barras assimétricas, vencendo a competição e o ouro.
Africa's first ever gymnastics medal at the #Olympics
— The Olympic Games (@Olympics) August 4, 2024
Kaylia Nemour, Olympic champion. 🇩🇿🥇 pic.twitter.com/eHl7vIrOQE
A esportista havia sofrido uma lesão em 2021, ou por duas cirurgias, foi liberada pelo seu médico pessoal, mas teve a decisão contestada pelo departamento médico da equipe sa, que a obrigou a deixar o clube que faria parte.
Foi lindo, mas durou pouco. Rebeca Andrade, Simone Biles e Jordan Chiles formaram o primeiro pódio composto apenas por atletas negras na final do solo feminino pela ginástica artística e imortalizaram a cena numa foto histórica. Mas, um dia antes do encerramento dos Jogos, a ginasta romena Ana Bărbosu acabou adquirindo a medalha de bronze após o processo aberto pela Romênia ter sido acatado, uma vez que o pedido de recurso no dia da final pedido por Jordan Chiles – e que lhe deu a terceira posição - foi considerado irregular.
Em sequência incrível, o sueco-americano Armand Duplantis quebrou nove vezes nesta edição das Olimpíadas o recorde mundial do salto com vara, saltando a 6,25 metros, e o olímpico, ultraando o brasileiro Thiago Braz, que até aquele momento detinha a marca com 6,03 metros.
um estádio todo de 80 mil pessoas torcendo pra presenciar a história
— João Barretto (@joaopbarretto) August 5, 2024
só 1 prova acontecendo
só 1 atleta competindo
Armand Duplantis 🇸🇪 e o salto mais alto da história da humanidade: 6.25m pic.twitter.com/tI8KI3JMiq
Já o francês Anthony Ammirati, atleta do salto com vara, viralizou nas redes sociais por outro motivo. Ele chegou a ar com o tronco inteiro pela barra, mas acabou atrapalhado quando esbarrou o seu órgão genital e acabou errando o salto. O atleta de 21 anos vem recebendo propostas milionárias de sites pornôs após seu desempenho nas Olimpíadas de Paris.
Pense em alguém que vem conquistando a medalha de ouro ininterruptamente desde Pequim-2008. Seu nome é Mijaín López, que se tornou o primeiro atleta pentacampeão olímpico, em esporte individual, na categoria até 130 kg na luta greco-romana. O cubano já inscreveu seu nome no panteão dos grandes nomes do esporte olímpico.
Uma competidora australiana de breaking virou motivo de piadas nas redes sociais, denunciou campanha de ódio devastador e pediu respeito à privacidade de sua família e amigos. Os inusitados movimentos de Rachael Gunn, conhecida pelo apelido “Raygun”, viralizaram e foram ridicularizados pelo mundo.
Rachael Gunn. Full performance. #Paris2024 pic.twitter.com/9UMJvI9AU0
— Avalanche (@Avalanche_Me) August 11, 2024
Em sua defesa, o Comitê Olímpico Australiano (AOC) condenou uma petição online que pede uma investigação sobre a seleção da dançarina para Paris 2024, dizendo que há falsidades com o objetivo de incitar o ódio contra ela.
Na disputa valendo o pódio em salto em altura, o norte-americano Shelby McEwen se recusou a dividir a medalha de ouro com o neozelandês Hamish Kerr após ambos terem empatado na competição, fato já ocorrido em edição anterior dos Jogos Olímpicos. Mas na disputa de desempate, o atleta da Nova Zelândia acabou superando o estadunidense e ficou com o ouro. Naquele momento, penúltimo dia dos Jogos e com poucas medalhas ainda disponíveis, a China, com um ouro a mais, estava vencendo os Estados Unidos no quadro de medalhas.
🥇 Sinceramente só posso dizer que ADOREI!
— Diogo ™ (@diogo2707) August 10, 2024
O americano, Shelby McEwen, não quis dividir o Ouro no salto em altura com o neozelandês, Hamish Kerr, e perdeu no desempate.
Jogou a medalha de ouro CERTA fora por Ego de ser o melhor sozinho.#Paris2024pic.twitter.com/Oz1cQdSTZ5
Numa reta final que mudava a todo instante, Estados Unidos e China terminaram as Olimpíadas empatados no quadro de medalhas, com as duas delegações fechando o evento com 40 ouros cada uma. Os estadunidenses acabaram na liderança por possuírem mais medalhas de prata conquistadas que os chineses (44 a 27) e pela quantidade total de medalhas conquistadas (126 a 91).
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