Com curadoria de Danillo Barata, a exposição reúne 50 obras inéditas, incluindo 27 pinturas em acrílico sobre tela e 18 objetos representativos, como esculturas em ferro, cabeças, falos de Exu, manuscritos e figurinos performáticos. A experiência se expande com projeções audiovisuais e o documentário “Sarcófago”, dirigido por Daniel Lisboa, além de registros sonoros criados pelo próprio Fygura — como sua icônica caixa de som — e uma performance inédita captada em vídeo.
Jayme Fygura, conhecido como "o homem da máscara de ferro", é irado por sua obra inquietante e transgressora, que funde arte, política e espiritualidade. Seus trabalhos rompem fronteiras, reconfiguram resíduos urbanos e criam uma nova narrativa sobre corpo, identidade e ancestralidade. “Suas esculturas, máscaras e pinturas exploram o corpo como território de inscrição da violência, mas também da reinvenção”, destaca Barata. “A estética da precariedade, em suas mãos, se transforma em potência criativa.”
A exposição não só presta homenagem a um dos nomes mais importantes das artes visuais da Bahia, como também propõe um diálogo enriquecedor com as novas gerações. A programação inclui visitas guiadas para estudantes da rede pública e oficinas de criação de instrumentos musicais a partir de materiais reciclados, aproximando o público jovem da linguagem única de Fygura e fortalecendo o o à arte como ferramenta de transformação social.
Para quem deseja se aprofundar na trajetória do artista e acompanhar os bastidores da montagem da exposição, é possível ar o perfil da Ernesto Bitencourt Galeria, parceira na preservação e difusão da obra de Jayme Fygura, no Instagram: @ernestobitencourtgaleria.
Mais do que uma retrospectiva, “Jayme Fygura: De Corpo e Alma” é um manifesto artístico que reafirma a importância da arte como um espaço de luta, memória e pertencimento.
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